segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Respira...

Estou cá na minha bolha com meu notizinho, e parece que meu dia está só começando. São 02:34h da madruga, e não, não estou acordando... nem dormi ainda. Sou toda do avesso mesmo. Não me importo mais. Devo dizer que minhas madrugadas egocêntricas são mais produtivas.

Dê uns tempos pra cá o meu quarto virou uma grande poluição visual de tantos cartazes espalhados pela parede. Onde quero chegar? Quero chegar onde o pensamento se perde quando paro um pouquinho de olhar p a telinha do not e olho para um dos cartazes. Digo que estou feliz por estar perto a estréia do GOL A GOL. Quando entrei na processo tudo estava rolando, e eu não entendia nda. Só sabia que em alguma coisa ia dar... e deu! Eu não tenho nada a ver com tudo isso diretamente, mas... é como se fosse meu tbm. (posso diretores?).

Entre outras coisas os preparativos para o I Encontro de Cultura e Comunicação estão tbm á todo vapor. meodeos! To tentando ficar um pouquinho mais louca quando penso na 2º fase do vestiba da federal. Por essa nem o papa q liberou a camisinha p as prostitutas esperava! Sem contar a estrela dia 04, os projetos do procultura e a leitura do ocupado! (entendeu?) Sim... o mundo tá girando e eu to correndo atrás... sou fumante, tenho pouco fôlego.

E quer mesmo saber? Enquanto reveso noites ao som das canções nostálgicas da Legião e dos Engenheiros meu pessimismo diminui e minhas encanações tbm! Ufa! Um respiro! To numa fase meio pace and love! Estranhissimo de dar medo!

Que seja assim enquanto houver sol!

PS1: por motivos de força maior os próximos textos serão escrivinhados num caderno de caligrafia.
PS2: por conhecimento de causa os textos do PS1 serão escritos com o Aurélio ao lado.
PS3: e Tenho Dito!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

diário de... de o que mesmo?

Nesse momento não há nada melhor pra mim do que minha cama e meu not. As noites insônes são mais agradáveis. A verdade é que deixei de valorizar problemas. Virei uma ignorante na tentativa de ser mais feliz (apesar de achar que a felicidade dos contos de fadas é uma utopia como tantas outras utopias de nossas vidas) e mais feliz ignorantemente falando estou sendo. Ás vezes faz bem pular, pular, pular no meio da multidão; faz bem dançar e beber cerveja depois de beber caipirinha depois de beber vodka; faz bem cantar parabéns com direito a bolo de chocolate, frisante e quiche; faz bem fugir no meio da madrugada; faz bem ter a amiga Fer ali pertinho mesmo quando tudo na vida está uma merda. Pra falar bem a verdade foi essa moça que me ensinou a ser assim mais feliz, talvez mais ignorante. Só o que me interessa. Um hip hip huhá ao papai do céu por ter me concedido o direito de ter sol nos ultimos dias pra me encorajar a sair da cama... que venham os próximos banhos de chuva numa plena segunda-feira pós ressaca.Ignoro! que venham os dias de dar tudo errado pq a lei de Murphy acontece na prática. Ignoro! que venham as dívidas do cartão de crédito, do celular, do aluguel, do empréstimo do banco, do atraso no pagamento. Ignoro! Que venham as discussões em família, as fofocas da vizinha, as intrigas da oposição. Ignoro! que venham os prejuízos pelos bens materiais perdidos, roubados, danificados e sem garantia. Ignoro! Chega de futilidades nessa vida corrompida pelo capitalismo. Se tudo der errado, vivo de fotossíntese!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

sobre a menina

A menina aconchegou-se na sua cadeira de praia novamente. Como sempre estava vestida com seu sobretudo preto, munida de cigarro e a mini-xícara de café. A menina conversava telepaticamente com a árvore de copa dourada. Contava a ela que nesta noite assumiu um importante compromisso. Sim, foi depois das longas conversar com seu avô que hoje parece uma criança que não quer dar trabalho, e agradece qualquer ajuda que a menina oferece a ele com aquele olhar sensato. Antes de ir embora, o avô pediu para a menina cuidar da mãe. O avô enfatizou que as mulheres sempre precisam de ajuda... por enquanto a mãe se vira, pois ainda é jovem... mas depois, quando ela estiver velha vai precisar que a menina cuide dela. Talvez o avô tenha dito isso por considerar o cuidado que a menina tem com ele. Talvez o avô tenha dito isso por achar que as mulheres, de uma maneira geral, não serão autosuficientes depois de velhas. Talvez ele tenha dito isso por já ter um bocado de experiência de vida, por já ter visto sua esposa morrer, sua filha morrer ou por sentir que de alguma maneira será essa a menina que no fim das contas irá cuidar da mãe. Como se pudesse ver algo que as outras pessoas não veem. A menina sentiu-se abençoada. Enquanto pensava o que levou seu avô, a derrepente fazer um pedido desse, a menina sentiu-se abençoada. E por outro lado percebeu que assumiu um importante compromisso, pois disse ao seu avô que iria sim cuidar da mãe. E disse isso perante a mais de trez testemunhas. Sem dúvida um importante compromisso. Após a longa conversa com seu avô, ao diálogo telepático com a árvore, ao tempo que ficou batutando essa ideia na cabeça, após tudo isso a menina recolheu-se da varanda dobrando ao meio a caideira de praia, livrando-se da bituca de cigarro e carregando a mini-xícara nas mãos.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

sinto uma dor que dói na cabeça

Hoje vim pra falar pra você pequena. A verdade é que o calor extrapolou as medidas. O céu? sim, estava lindo mas, antes de anoitecer tudo ficou um pouco mais negro. Eu estava ali, embaixo da árvore de plumas brancas quando chegou a tempestade. Foi aí que a dor começou a doer na cabeça. Pequena, hoje vi uma daquelas fotos e o seu sorriso estava engraçado. E a minha cara de patética estava engraçado... E depois? Ha sim, depois do início da tempestade caminhei algumas quadras suando por causa do mormaço. Troquei meias palavras com o professor e quando entrei na sala o lado de fora explodiu. A árvore caiu em cima de um carro e as pessoas enquanto corriam gritavam. Estive em dúvida, e na dúvida decidi voltar pra casa. A dor veio comigo. Enchendo os olhos de lágrimas mas era como se faltasse algo. E junto com a dor senti o vazio e também medo. Chego em casa e... ... ... nda. Vi a nossa foto pequena, e os seus olinhos fechados e a minha cara de boba. Saudades.

domingo, 7 de novembro de 2010

sobre a menina

Ela está um pouco cansada. Cansada de fazer as escolhas erradas.... espremeu as pálpebras e sorteou por acaso a letra C. Precisava de uma resposta urgente sobre o que faria naquele momento e decidiu entre o cara e coroa da moeda de vinte e cinco centavos. Cara é sim, coroa é não. Decidiu entre escrever um texto dissertativo-argumentativo e responder as questões de 95 a 180. Decidiu tomar uma cerveja antes de ir pra casa... quem sabe duas. Decidiu comer pastel no china sozinha, de saltinho e regatinha no meio dos velhos bêdados do centro num domingo deserto. Decidiu fumar mais um cigarro, mas lembrou que havia decido á poucos minutos atrás não fumar mais. Ela, a menina, conta mais com a sorte que nunca teve. Cada circulo preenchido no cartão que revesava as linhas claras e escuras, era como a decisão dos números da loto. Sorteadas aleatóriamente. Para ela. Para os outros tudo era mais simples... não era sorteio. Era conhecimento. Essa menina... Essa menina não gosta de multidões. Não gosta de estar sob pressão. Só queria ouvir uma música tranquila e tomar um café, enquanto lia os vários parágrafos soltos no caderno. Nada é como as pessoas querem... a menina estava lá no meio daquela sala abafada no 10º andar (sem direito a elevador) de um prédio antigo localizado na praça Osório, e sentiu o gosto amargo de estar presa. Quase não respirava. Quase não se mexia. Quando lia os fragmentos de textos, se perdia nas palavras. Via da janela o sol brilhando do lado de fora. Sentia as mãos suando. Queria gritar, queria descer correndo os dez lances de escadas e cantar no meio da praça. Não queria estar ali. Não queria estar disputanto com os competidores, concorrentes, candidatos. Queria e quer ser livre. Ser livre sem dogmas, sem anestesia, sem anistia, sem demagogia, sem filosofia, sem nada que a persegue todos os dias. Naquele momento, do alto do 10º, e em todos os outros momentos, a menina queria apenas ser livre.
Ela não sabe mas tudo o que vive não passa de ilusão. Alguém diz isso a ela por favor!!! Essa menina tem medo. Se esconde do mundo e ainda quer ser livre? Até quando e quanto vai durar essa ilusão? Essa menina precisa entender que agora a brincadeira é de gente grande. E que liberdade custa caro. E que o sol custa caro, o amor custa caro... e não duvide, dá pra colocar um preço em tudo isso... Essa menina precisa saber que crise existencial é auto critica. Nada como uma noite mal dormida, mau comida, olheras no dia seguinte, decepção, frustração, dor de cabeça, dor de dente... essas coisas todas ai que apareçem tudo ao mesmo tempo. Auto critica, sempre...

Hay que endurecer pero sin perder la ternura jamás