quinta-feira, 13 de outubro de 2011

SOBRE A MENINA

então funciona assim, a menina fuma mais um cigarro doce. e bebe um gole de café requentado (no microondas). esta vestida com seu sobre tudo roxo. acordou e nao quis comer, nem ir pra aula. na verdade nao queria acordar. e chove na cidade de ceu cinza opaco. está com medo (como sempre). ontem, antes de dormir, ela chorou mais uma vez. teve medo. é dificil crescer... parece que quanto mais o tempo passa mais fraca ela fica. mais uma vez pensa que se perdeu em alguma parte do caminho. vai acordar de madruga, pegar as malas e tomar um avião. quem sabe ir pro rio... ta rolando um festival lá... e vai passar o circular. sim, a menina espera a muito tempo por esse momento. sabe, sente saudades (baixinho). tem a sensação de que o mundo ta girando, e ela ta ficando pra trás. a magia acabou. hoje, ela vive em um mundo real. o problema é que a realidade é chata e careta.

"Talvez eu esteja ficando grande. Mas ainda tenho muitos medos: medo de voar, de entrar no palco, de amar, de morrer... de ser feliz. Medo de fazer análise e perder a inspiração. CAZUZA

sábado, 1 de outubro de 2011

A menina, sim a menina diz: "Uma angustia que vem não sei de onde e vai não sei pra que lugar." Ela só queria que fosse logo. É triste assistir a vida acontecendo... passivamente. Quero estar onde não estou... ouviu isso de um poeta. Ou será que era musico? Nem sabe mais... não sabe mais onde enterrou seu (meu) passado. Aquela garota, como era o nome dela? Será que mora naquele prédio ainda? Lembro bem da janela e da vontade de se jogar... A menina, sim a menina, vê as músicas do apartamento correndo pelo mundo.

Um dia, quem sabe, isso passa. Ou seja substituido por outra angustia... Como saber? Só o medo que não muda. Só o medo. Sabe, essa coisa fica ali num cantinho, e no momento mais crítico ele aparece. A menina, pobre menina, se perdeu em alguma parte do caminho. Sente que quanto mais o tempo passa, mas careta ela fica. E é o medo. Esse maldito que está sempre presente.

Sem contar as lembranças que ficam condensadas como um teaser para vender um cd novo. Ou algo desse tipo.

Será que? (tempo) E se? (tempo) Mas e se eu fizer? (tempo) E se eu não fizer? (tempo). Ela pensa: "Me diz, pra que ponderar as coisas agora? Acho mesmo é que o medo tem q ser jogado pra escanteio, e se jogar do alto do cristo de braços abertos e sorrindo. Feliz. Tudo o que eu quero ser. Seja como for, com quem for... Entende?" Não! Ninguém nunca vai entender, nem a pobre menina. Perguntas (sempre) sem respostas...

Sinto (sim) saudades baixinho. É é a maior parte de mim. E é maior que o meu tamanho... não sou quem eu sempre quis ser (ainda).