quarta-feira, 22 de setembro de 2010

diamante


Sim. Descobri a mais perfeita descrição.
Um diamante.
Um diamante cuidadosamente lapidado.
Com várias facetas.
Uma mais encantadora que a outra.
Miúdo.
Surpreendente.
Forte, naturalmente.
Porém frágil devido ás facetas.
Multifacetado.
Mortal como todos... mas inevitavelmente dura mais.
Puro.
Pureza que arde diante a chama.
Infusivel.
Leve, mais ainda que uma pena.
Nem com todas as ferramentas existentes no mundo, e muito menos com a inteligencia humana é possível fazer crer q uma falsificação de diamante é um diamante verdadeiro.
Sem mais para o momento.
Tudo o que posso dizer é q é um diamante.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Diário de Produção

Pois bem... a correria chegou ao fim. Não não... nda tão trágico assim. Chegou ao fim o ciclo de mais algumas produções. Apresentamos as cenas finais da peça Samuel no II Movimento Teatro de Grupo e no dia seguinte rolou o Show: Carpet de Asfalto do Thiago Chaves. Eu estava lá, feito barata tonta dividida entre as produções dessas duas atividades. Com o agravante de ter o cuidado com coisas específicas relacionadas ao escritório processiano. Poxa vida... as vezes penso q certas coisas dão muito mais trabalho que imaginamos. Foram praticamente 2 semanas pra cuidar das coisas referentes a apresentação no movimento, e se não me engano 4 meses para a produção do show do Thiago. Nesse caso eu me envolvi na produção um mes antes da apresentação. Nesse meio tempo, rolaram crises existências, crises de abstinência, crises de amores platônicos, de identidade, de amizades duvidosas e todo o tipo de crises que se possa imaginar. E quando tudo aconteceu, e quando a apresentação do Samuel rolou, o show do Thiago rolou, foi um alívio e uma satisfação e a certeza concreta de que estou no caminho certo. E que isso é felicidade pra mim. Mesmo q eu tenha q pagar o preço de dormir pouco, de me estressar mais, de deixar de curtir um feriado ou ter q trabalhar no fim de semana inteiro... pra sentir a imensa realização q eu senti quando vi o Andrew atuando, e quando vi o Thiago cantando... poxa... vale muito a pena... pq esse é o sentimento que me alimenta, que me motiva. É como se tudo aquilo fosse um pouquinho seu tbm. É como estar feliz por fazer alguém feliz. É belo.
Nesse momento, apesar do sentimento de fim, estou muito entusiasmada com os futuros projetos. Me sinto mais segura, estou sentindo as coisas acontecendo na processo. A roda processiana está girando na velocidade máxima e teremos muito trabalho até o fim do ano. A melhor coisa que poderia acontecer era me sentir bem fazendo o que gosto. É o que acontece hj, e espero que dure por um bom tempo.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

setedesetembro

Terminei de ler o livro que meu amigo emprestou assim q o comprou. Uma grande responsabilidade. Fui a primeira a ler. Li. Coloquei o Tom Zé no alto falante do computador enquanto procurava uma fita cassete no fundo do meu guarda roupa. Dormi. Sonhei com as musicas do Tom do Zé. Eram crianças correndo, e se me lembro bem, haviam flores. Como nos desenhos do livro q eu li. Poxa vida, eram tantas imagens e todas bonitas. Mas acabo de me esquecer. Acordei com o som de pratos de bateria. Senti sono, mas nao consegui voltar a dormir... que chato. Acho q chove lá fora e o meu corpo está tão cansado. Estou feliz e entusiasmada com os inocentes planos de dominar o mundo. Mas... sinto-me tão fraca nos ultimos 3 dias. E parece q o q resta de energia está na reserva e se esgotando. Isso dói. Como explicar se não sou artista? Todos voltaram pra casa e agora a garganta começa a doer profundamente. nada me agrada. E os desenhos do livro são doce, mas em preto e branco. Sim, como sempre, tudo está fora de ordem. A verdade é que descobri q certas coisas não tem limite. E essas certas coisas a que me refiro acontencem num ciclo de 360 graus. Hoje eu vi a imagem mais doce e longa e sublime e bonitinha e eterna e verdadeira de um abraço. Poxa vida, essas coisas existem mesmo. Bom saber, pois eu já estava desacreditando. Não lembro qual foi a ultima vez q dei um abraço na minha mãe. Ixi. Quando eu comento essas coisas os olhos se enchem de lágrimas. Me dá medo não lembrar qual foi a ultima vez que dei um abraço na minha mãe. E se for contabilizar um abraço daquele de verdade mesmo... nossa...
Se alguém pudesse entender... eu não gosto das viagens. Eu não gosto da espera. Eu não gosto da esperança. E só.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Diário de Produção

Aprende-se novas lições a cada dia. Faz-se necessário que as lições sejam absorvidas. A lição que aprendi nos ultimos 3 dias gira em torno, basicamente, de 3 pontos cruciais para a eficiência de um produtor: Chatice; Carão e Criatividade.
Chatos. Os produtores devem ser chatos. Deve ligar quinhentas vezes pra mesma pessoa pra confirmar horário ou quantidade ou se certificar de algo. Deve ser chato pq sempre tem que cobrar as notinhas q tomam tempo de mais nesse mundo onde tudo é urgente. Chato pq nas notinhas não pode ter outra informação q não seja aquela q ele pediu... e se fizer diferente vai ter q fazer de novo. Chato pq precisa ser cético com os horários. Chato pq precisa cobrar das pessoas, pegar no pé mesmo. Cato pq precisa ir ao banco e isso muitas vezes aborrece.
O produtor precisa ter carão. Precisa chegar com a sua pastinha embaixo do braço com o projeto impresso e mostrar pro dono da empresa fodona multi-nacional que aquela merda de dinheiro dele deve ser gasto no seu projeto. Tem que ter carão pra bater na porta da padaria e garantir o lanchinho da equipe sem gastar 1 centavo. Carão pra pedir de graça as coisas mais bizarras: Cuecas, carpet, carrinho de chá, roller, carro forte, escopetas, extintores e-sabe-lá-deus-o-que-mais. Carão pra assumir aquela ideia louca do diretor q é fora da casinha e provar que sim, aquilo realmente vale a pena.
O produtor não é um artista, e nem por isso pode pensar q não deve ser criativo. Ele não vai escrever o roteiro da peça e ter uma ideia genial nunca pensada antes, mas vai ficar com a batata quente na mão a maior parte do tempo de seu trabalho. E sinceramente se o produtor nessas situações não for criativo ele perde tempo, perde a oportunidade, perde o emprego poem a perder o trabalho de todas as pessoas envolvidas no projeto. Acredite, seja minimamente criativo e garanta sua eficiência como produtor.