quinta-feira, 29 de julho de 2010

Diário de Férias

Sim ainda, e por enquanto, acredito que estou de férias. Pedi férias para o gerente, para os meus pais, para Deus. Pedi para o mundo parar, pra eu conseguir organizar a casa e ir passear no parque. Estou dando o tempo que a minha cabeça precisa pra minha mente deixar de ser um liquidificador de idéias. Pedi férias para a minha vida, pois imagino que assim posso curtir uns dias com a Bia na minha casa, engatinhando pela sala.
Eu precisava de um tempo ocioso que não fosse ocioso como os dias normais. Em tempos de crises combinados com decisões urgentes, ás vezes é necessário pedir férias. Acredito que dentro de alguns dias volto a rotina não tão rotineira de incertezas. Penso que com as férias consigo respirar e pensar bem no vestibular, acertar as contas com a mãe quando ela voltar, mudar as atitudes relapsas profissionais. Consegue entender? Acordar não tem sido tão difícil durante as férias. Arrumar o guarda-roupas sem ter hora pra terminar tem sido como terapia. Estudar matemática todos os dias não é mais um sacrifício. Ler é mais agradável. Dar o tempo necessário para a mente processar os planos até tocar o coração e chorar, por estar feliz, por ter encontrado a resposta das dúvidas que me perseguiam dentro do ônibus voltando pra casa, tem sido mais interessante e necessário. Pensar em mim, apenas e somente, tem sido um exercício de paciência. As férias mentais, psicológicas, alucinadas tem data e hora pra terminar. Não me preocupo... nesse momento sinto-me segura.

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