sexta-feira, 13 de agosto de 2010

ansiosa. não é pra entender... entenda.

Vou finalizar a garrafa de conhaque e beber café frio enquanto fumo mais um cigarro para disfarçar a ansiedade que me visita todos os meses no fim do período fértil.
Aproveito a lua sorridente lá fora, que invade a cozinha pela janela junto com o vento que, por sua vez, congela a ponta dos dedos. Os dedos que tentam a todo custo fazer tudo ao mesmo tempo. Segurar a guimba do cigarro, beber mais um gole de conhaque, digitar... enfim... um grito contido. De socorro q diz na voz de Edith Piaf  "Ne me quitte pas".
Na sequencia da playlist vem a doce Nara Leão com toda serenidade cantando trocando em miúdos. Pacificamente. Esse Chico!

Pra que não é mesmo?

Disfarça a ansiedade nessa noite sombria. Sexta 13. As respostas foram encontradas. Estou muito mais em paz agora do que a menos de 24 horas atrás.

Decidi intercalar as lampadas acesas. Uma sim outra não. a luz da garagem é sim, e faz sombra no rabo do gato que está parado diante da porta e só balança o rabo, mas o rabo parece a folha verde de uma planta. Aliás, acho que é o contrário.

Os ruídos da geladeira branca que está na cozinha com a luz não, nem chegam perto do ronco do avô. Hoje ele é como uma criança que acaba de nascer. Está aprendendo a andar com andador. Fico mais em paz quando ele está. Engraçado... pergunto se ele sente frio. Tem sempre a resposta na ponta da língua. Diz q não. Comento q está com o sobre tudo espinha de peixo sobre os joelhos e ele justifica a ausencia do frio, talvez a presença do calor justamente por causa do sobre tudo. Fico surpresa. Ele me desbancou!!!

Mas a ansiedade. Tento estudar, arrumar dinheiro, ajudar a produzir um show, mandar a documentação para o mecenato dormir a noite e viver de dia e nao o contrário. Tento lembrar da ortografia e gramatica. Das equações de PA. Da Clarisse. escuto The build up. É o caos no pensamento. e Sinto-me em paz. Porém ansiosa, As unhas ja acabaram, mais uma dose de conhaque e ele acaba tbm. Sexta feira e eu na cozinha com a luz não. a cadela late toda vez q passa um madrugueiro na rodovia paralela. Sinto-me em paz. Mas saudade também sinto. E, veja... quando eu ficar velha quero estar como meu avô que ainda sorri, mesmo quando tem q aprender a andar novamente.
Quero a serenidade de Cristo de Nara e de meu avô.

Mudei o rumo da minha vida, só hoje, pelo menos umas 5 vezes. Levei 5 dias pra decidir o que iria fazer hoje.... sabe como?

Uma paz ansiosa.

Queria achar aquele texto q fez passar a dor na lombar, logo ali onde tem as covinhas do  cóx. Sim, foi o nosso amigo que nos apresentou o texto que não tenho... e q não achei na pagina de pesquisa do google.

Tanto faz. Hoje só resta uma alternativa, até eu acordar amanhã e mudar os planos pelo menos umas cinco vezes durante o dia. Na verdade verdadeira vareia conforme as mudanças climáticas dessa cidade sempre cinza opaco. E vareia tbm conforme a qualidade da minha insônia.

Quero tanto chorar desde a hora em q acordei. Mas sabe, é um grito contido, contido. Está pelo menos a mais de um ano dentro de mim. Dentro da bolha. Dentro do coração estúpido bolha. Dentro do poço sem molas. Dentro do osso do calcanhar que um dia me fez pensar q eu era igual a nada. mas o fato de acordar no dia seguinte me fez acreditar que se eu estava ali, no mínimo é pq não devo ser um nada. Talvez não mta coisa, mas não um nada. só não sei o que sou... e até ontem isso era motivo para suicídio. Ufa! ainda bem que sou medrosa.

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