É pq os meus dias, no começo desse ano, tem sido como uma bomba-relógio. Mas está rodando em câmera lenta. Parece que falta alguma coisa. Eu não sei bem o que é. Acho que me perdi, em algum momento, no meio do caminho. Hoje, sinto-me tão corrompida quanto imaginei que um dia fosse. Isso não combina comigo. Não sei pq, mas o que está perto, parece estar cada vez mais longe. E não é tão dificíl quanto eu imagino que seja. Mas eu estou complicando tudo... não sei pq tenho ainda muito medo. Faço uma lavagem cerebral repetindo pra mim mesma que não posso desistir, e que não posso ter medo, e que mesmo com medo não posso parar, e que não tenho nada a perder. O máximo que pode acontecer é eu não conseguir. Sempre digo que comigo as coisas são ou oito ou oitenta. Nesse caso não está sendo nem oito, muito menos oitenta. Não está sendo nda. Está estancado, atravancado, estagnado ou sei lá o que.
Durante o caminho de volta para casa, enquanto os vaga-lumes urbanos iluminam a noite, lembrei-me de quando era criança. Brincávamos, eu minha irmã e minha amiga, no campinho em frente a casa. Lá tinha areia também. Pra nós era como areia movediça, mas afundávamos só até a canela. Era divertido. Pra aumentar o drama, propositalmente, fingíamos que não dava pra sair. Hoje, na minha vida, me afundo na areia movediça, igual quando éramos criança. Mas parece que não consigo sair. Mesmo me afundando tão razo, não consigo me salvar, mas dessa vez não é proposital.
3 comentários:
isabela, vc se perdeu no meio do caminho... de fato vc se perdeu...mais vc fez parte de mim por um segundo e eu ainda sinto q vc sente o q eu sinto...
só pra vc saber q leio e leio vc...
Juca.
Não esperava por isso garota.
Sinto o cheiro das pimentas com a lavanda, mas agora parece mais doce.
Iza
é pq agora é mais doce...
juca
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