Dossiê com o registo individual de habilitações ou de experiências do ato de pensar. E só!
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
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Algo engraçado aconteceu com a menina hoje. Ela estava procurando o Bandeira no meio das papeladas guardadas no fundo do armário. Ela sabia q o Bandeira estava dentro de um pacote de pão, e sabia q ele estaria lá no fundo do armário. Pois bem, não demorou muito ela encontrou o Bandeira dentro do pacote. Abriu, leu, guardou novamente... Continuou revirando a papelada como quem procura algo sem saber o q é. Levou um susto ao ver o desenho do olho com o reflexo da lua cheia, bem no meio dele. Caramba! Isso faz tempo hein?! Pensou a menina com o coração disparado. Atrás desse desenho tinha outro desenho d uma paisagem com as montanhas e depois desse, tinha outro q não era bem um desenho, era uma planta baixa... Era o projeto de algo q um dia não foi concretizado. Durante muito tempo a menina procurou por ele. O menino cobrava dela, disse q queria te-lo novamente pois a única versão q fez esta sob a posse da menina. Ela ia devolver, mas não o achava. E surpreendentemente, por causa do Bandeira, q ela só lembrou por causa do Arnaldo, a menina, ela a menina, achou o desenho devidamente assinado e datado pelo autor. Esse desenho diz muita coisa sobre um momento da vida da menina. Mas o mais engraçado foi o sentimento que lhe ocorreu quando viu o desenho. Ela sorriu e chorou ao mesmo tempo. Lembrou ao mesmo tempo. Pensou em enviá-lo ao autor pelo correio. Não mesmo! Não vai mesmo devolver! Vai ficar lá, no fundo do armário. Um outro dia ela vai revirar as papeladas por algum outro motivo. Ela, a menina, vai encontrar novamente aquele desenho de uma forma inesperada e vai renovar um sentimento q hoje é livre de qualquer crime q a menina pensou em dias atuais a fazer. Crime contra ela mesma. Ela, a menina, pensou em cometer esse crime. Depois pensou que dessa forma iria assinar seu egoísmo na foto do jornal. Um dia, um belo dia, durante uma de suas caminhadas noturnas solitárias parou para escrever. Escreveu que iria escrever uma poesia, e joga-la no fundo do armário. Sim ela transformou pessoa em poesia. Naquele momento foi só o que conseguiu fazer. Escrever. Mas não guardou no armário. Ficou ali todos os dias, dormindo e acordando a sua frente se transformando em uma leitura indesejada. Mas hoje, esse algo estranho que aconteceu com a menina, só confirmou o que ela pensou que aconteceria com a poesia. O desenho estava lá no fundo do armário. Ao vê-lo a menina, ela, a menina lembrou do momento em que aquele desenho transformou-se num papel. Ela não sabia que ele seria esquecido dentro do armário. O sentimento foi tão nobre quanto o que ela imaginava que poderia lhe ocorrer. Sua rotina mudou depois de revê-lo. Hoje, aconteceu algo estranho com a menina. Ela já pode arquivar a poesia.
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2 comentários:
agora eu acho q o teto sem gesso fica melhor!
nu e cru!
ok, não precisa mais me cobrar o desenho!
bj
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